“Na reabilitação, a marcha é o ápice dos nossos objetivos”, afirma Débora da Silva Fragoso de Campos, fisioterapeuta do Laboratório de Estudo de Movimento do Hospital Israelita Albert Einstein e instrutora Clínica da Lokomat no Brasil certificada pela Hocoma. Campos foi uma das palestrantes do primeiro dia do Reamed – Congresso de Medicina Física e Reabilitação que faz parte da programação da Reatech Brasil, Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação.
A fisioterapeuta falou sobre uma avaliação padrão ouro, que permite uma melhor abordagem do paciente, para entender quais os melhores procedimentos a serem tomados diante da condição atual de quem está sendo avaliado e se as propostas já realizadas surtiram efeito e foram adequadas.
“Com o auxílio de câmeras de infravermelho, que captam a luminosidade com marcadores em pontos específicos do corpo, é possível, durante a caminhada, analisar com precisão os ângulos e a contração muscular, por exemplo. Como temos um padrão muito bem estabelecido do que é normal, o que está desviado disso, sabemos que é uma questão patológica”, afirma Campos.
O exame, segundo a fisioterapeuta, pode ser realizado em crianças a partir de quatro anos, tanto por uma questão fisiológica quanto prática. “É uma avaliação que demora cerca de 3h30, o que pode ser muito para uma criança. Além disso, o amadurecimento da marcha acontece a partir dos quatro ou quatro anos e meio”, explica.