A condição de cadeirante levou Valdir de Souza ao status de atleta profissional, o qual nunca almejou ou imaginou a possibilidade antes de sofrer um acidente de trabalho. Valdir viu sua autonomia e independência irem embora quando foi parar em uma cadeira de rodas. Porém, sua realidade mudou ao se tornar o primeiro atleta do Instituto Faca na Cadeira, uma associação sem fins lucrativos fundada em 2018, com o objetivo de promover o paradesporto como forma de auxílio à reabilitação para pessoas com deficiência física.
Valdir é atleta de WCMX (Wheellchair Moto Cross), um esporte radical em cadeiras de rodas ao longo das pistas de skate com obstáculos. A prática levou o atleta a representar duas vezes o Brasil em campeonatos mundiais. Ele participa das atividades do circuito “Faca na Cadeira”, uma das atrações da Reatech, que segue até sábado no São Paulo Expo.
“Antes do esporte, eu não tinha autonomia. Hoje saio de casa sozinho, toco minha cadeira, empino. Mostramos o outro lado da pessoa com deficiência. A coisa que eu mais ouço do pessoal que vem para o Faca na Cadeira é que querem ter uma vida normal e uma autonomia, ter a liberdade de fazer as coisas sem precisar ficar pedindo para as pessoas”, conta o atleta.