A solenidade de abertura da 18ª Reatech – Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação, aberta ao público nesta quarta-feira (4/10), no São Paulo Expo, contou com a presença de representantes do governo do Estado de São Paulo, lideranças de 27 associações e profissionais que atuam em várias áreas do setor.
Maurício Macedo, CEO da Fiera Milano Brasil, promotora e organizadora da Reatech, anunciou mudanças de pavilhão e também da data do evento em 2024. “Voltaremos ao Pavilhão 1, onde sempre estivemos, entre os dias 20 e 23 de novembro. É uma satisfação estar aqui, encontrando amigos e parceiros. Estamos trilhando um caminho de inclusão e dignidade. A Reatech é a menina dos olhos da nossa empresa e queremos que ela cresça cada vez mais”, declarou o executivo.
Também presente na abertura, Marcos da Costa, secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Silvia Grecco, secretária municipal da Pessoa com Deficiência da cidade de São Paulo, e Liana Pires, diretora do GATI (Grupo de Abordagem Terapêutica e Integrada).
Representando todos os parceiros do evento, Liana Pires destacou as melhorias que foram sendo feitas ao longo da trajetória da Reatech. “A feira inovou e está mais humanizada. Também agradeço a todos parceiros e cumprimento os participantes. Só quem veio uma vez sabe o amor que é estar aqui dentro”, disse.
Frequentadora da Reatech na companhia do filho Nickollas, que é cego e autista, Silvia Grecco aproveitou a ocasião para convidar os presentes a conhecer o estande da prefeitura. “O prefeito Ricardo Nunes enviou um abraço afetuoso a todos presentes por esse evento tão importante e necessário. Estamos aqui para apresentar alguns serviços da secretaria, que não é encontrado nem mesmo em clínicas particulares”, comentou.
Ao lado do estande da prefeitura está o estande do Governo do Estado de São Paulo, com os serviços prestados, além de oferecer uma série de atividades. “Trago um abraço e o agradecimento do governador Tarcísio de Freitas e reforço a importância do evento, parabenizando aos que investem na Reatech, crescendo a cada ano. É um projeto vitorioso, de uma causa da sociedade como um todo”, finalizou Marcos da Costa.
Congresso Reatech amplia o debate sobre políticas e ações de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho
Por mais que as empresas tenham total liberalidade para atuarem na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, as políticas públicas afirmativas são absolutamente indispensáveis para que a inclusão seja plena. Esta é a visão compartilhada pelos participantes do 2º Congresso Reatech de Inclusão e Acessibilidade no Mercado de Trabalho, aberto hoje (4/10), no São Paulo Expo. O evento, que segue até sexta-feira, reúne profissionais ligados à Inclusão, Diversidade, Acessibilidade, Recursos Humanos e Saúde Corporativa em organizações de todo país.
Participaram do painel de abertura “Debate sobre Políticas Governamentais de Inclusão no Mercado de Trabalho e Sua Aplicação de Forma Prática nas Organizações, Renato Pacheco, Cônsul-Geral da Suécia em São Paulo, João Batista, Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, José Silvio da Silva Barreto, Conselheiro do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Flávio Gonzalez, coordenador de Inclusão Social do Instituto Jô Clemente, e Adriano Bandini, especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão do Itaú Unibanco. A moderação foi feita por Marcelo Pires, CEO da Consolidar.
O papel fundamental de políticas governamentais na inclusão de pessoas com deficiência foi destacado por Gonzalez ao explicar a metodologia conhecida como Emprego Apoiado, que vem sendo aplicada em diversos países do mundo desde os anos 80 e que depende de suporte de governos para ser executada com qualidade. A premissa dessa metodologia é a de incluir para qualificar, que inverte a lógica mais comum que prega o qualificar para incluir.
“Por muito tempo, as pessoas com deficiência vem sendo qualificadas, mas nunca são adequadamente incluidas”, afirma Gonzalez. Ele explica que, no modelo de Emprego Apoiado, antes as pessoas são avaliadas e compreendidas em sua individualidade para então as empresas serem preparadas para recebê-las.
Bandini destaca que esse modelo tem seus custos e por isso o apoio de ações governamentais se torna indispensável. Ele ilustra falando de projetos nos quais atua, como o que gera inclusão para pessoas com deficiência intelectual. Bandini conta que este é um trabalho que, para ser efetivo, requer um acompanhamento individualizado, com uma frequência que varia de pessoa para pessoa.
“Politica pública é fundamental porque também dá direcionamento para as empresas atuarem no que precisa ser feito”, reforça o especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão do Itaú Unibanco. “Leis e regulamentações dão segurança jurídica e ajudam a nortear ações do setor privado.”
Pacheco trouxe para a discussão a visão da responsabilidade compartilhada, que é comum na Suécia. “A responsabilidade do cuidado com as pessoas com deficiência não é só da família. Isso deve ser uma gestão compartilhada por toda a sociedade, incluindo empresas, escolas, governos e instituições.”
Com a experiência prática em assuntos trabalhistas, Batista aponta que as empresas precisam ir além de cumprir a lei simplesmente. “Muitas vezes, vemos que a lei de cotas é cumprida, mas a empresa não se preocupa em desenvolver uma cultura de inclusão. Sem isso, a inclusão não se torna efetiva”, esclarece o desembargador. “A lei de cotas é importante, mas mais importante é construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva.”
Nascido com osteogênese imperfeita, doença rara que atinge uma em 20 mil pessoas, Barreto relatou sua trajetória, desde os obstáculos para concluir sua educação formal até o desenvolvimento de sua carreira profissional. Ele destacou a importância de pessoas com deficiência buscarem qualificação e também ocuparem espaços para que sua presença reforce na sociedade a percepção de que são pessoas plenamente capazes. “Quem estava na faculdade tinha que me ver ali na faculdade, quem estava no trabalho tinha que me ver ali no trabalho. É um modo de entenderem que também sou uma pessoa.”
Tecnologia com câmera de infravermelho aumenta a precisão da análise de marcha
“Na reabilitação, a marcha é o ápice dos nossos objetivos”, afirma Débora da Silva Fragoso de Campos, fisioterapeuta do Laboratório de Estudo de Movimento do Hospital Israelita Albert Einstein e instrutora Clínica da Lokomat no Brasil certificada pela Hocoma. Campos foi uma das palestrantes do primeiro dia do Reamed – Congresso de Medicina Física e Reabilitação que faz parte da programação da Reatech Brasil, Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação.
A fisioterapeuta falou sobre uma avaliação padrão ouro, que permite uma melhor abordagem do paciente, para entender quais os melhores procedimentos a serem tomados diante da condição atual de quem está sendo avaliado e se as propostas já realizadas surtiram efeito e foram adequadas.
“Com o auxílio de câmeras de infravermelho, que captam a luminosidade com marcadores em pontos específicos do corpo, é possível, durante a caminhada, analisar com precisão os ângulos e a contração muscular, por exemplo. Como temos um padrão muito bem estabelecido do que é normal, o que está desviado disso, sabemos que é uma questão patológica”, afirma Campos.
O exame, segundo a fisioterapeuta, pode ser realizado em crianças a partir de quatro anos, tanto por uma questão fisiológica quanto prática. “É uma avaliação que demora cerca de 3h30, o que pode ser muito para uma criança. Além disso, o amadurecimento da marcha acontece a partir dos quatro ou quatro anos e meio”, explica.
Esportes radicais promovem autonomia e independência para cadeirantes
A condição de cadeirante levou Valdir de Souza ao status de atleta profissional, o qual nunca almejou ou imaginou a possibilidade antes de sofrer um acidente de trabalho. Valdir viu sua autonomia e independência irem embora quando foi parar em uma cadeira de rodas. Porém, sua realidade mudou ao se tornar o primeiro atleta do Instituto Faca na Cadeira, uma associação sem fins lucrativos fundada em 2018, com o objetivo de promover o paradesporto como forma de auxílio à reabilitação para pessoas com deficiência física.
Valdir é atleta de WCMX (Wheellchair Moto Cross), um esporte radical em cadeiras de rodas ao longo das pistas de skate com obstáculos. A prática levou o atleta a representar duas vezes o Brasil em campeonatos mundiais. Ele participa das atividades do circuito “Faca na Cadeira”, uma das atrações da Reatech, que segue até sábado no São Paulo Expo.
“Antes do esporte, eu não tinha autonomia. Hoje saio de casa sozinho, toco minha cadeira, empino. Mostramos o outro lado da pessoa com deficiência. A coisa que eu mais ouço do pessoal que vem para o Faca na Cadeira é que querem ter uma vida normal e uma autonomia, ter a liberdade de fazer as coisas sem precisar ficar pedindo para as pessoas”, conta o atleta.
Visitantes da Reatech podem emitir gratuitamente a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência está oferecendo a emissão gratuita da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA) em seu estande na Reatech, que segue até sábado no São Paulo Expo.
A carteira é um documento oficial que facilita a identificação da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos serviços públicos e privados em todo o território paulista, além de auxiliar na garantia dos direitos previstos em lei, como filas e atendimentos preferenciais.
Para emitir, é necessário apresentar documento com foto, foto 3×4, comprovante de endereço e laudo médico que ateste o diagnóstico de TEA com CID, data, assinatura e número do registro profissional (CRM) do médico responsável.
De acordo com nota da secretaria, o documento oficial é de extrema importância para as pessoas com TEA, porque auxilia na identificação e nos direitos previstos em lei, como filas e atendimentos preferenciais em serviços públicos e privados em todo o Estado.
Veículos podem se adequar à necessidade da pessoa com deficiência
Os estandes da Mercedes-Benz e da Fiat na 18ª edição da Reatech – Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação têm uma missão clara: mostrar que os veículos automotivos podem se adequar às necessidades das pessoas com deficiência. Além de mostrar os novos carros, as marcas querem promover as melhores soluções para este grupo de consumidores.
“Temos uma ação efetiva nesses carros transformados, há uma demanda grande de prefeituras e órgãos governamentais. Nossos carros possuem enorme flexibilidade de adaptação e customizamos de acordo com cada necessidade para atender da melhor forma. Temos diversos implementadores, proporcionando opções e soluções”, explica Lauro Marques, consultor de vendas da Mercedes-Benz.
Paulo Mesquita, gerente de vendas da Fiat, complementa apontando que o mercado está aquecido novamente. “Ele ficou prejudicado por questões governamentais e pela pandemia. Nossa intenção é trazer as novidades. Temos certeza que vamos ter sucesso, mostrando as facilidades que as pessoas com deficiência podem encontrar”, finaliza.
Competição de basquete em cadeira de rodas na Reatech tem cinco convocados à seleção dos Jogos Parapanamericanos
A quadra da ADD (Associação Desportiva para Deficientes) da 18ª edição da Reatech – Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação realiza uma competição de basquete em cadeira de rodas. A disputa interna, no entanto, tem um alto nível técnico, com a participação de quatro atletas convocados para defender o Brasil nos Jogos Parapanamericanos de Santiago, no Chile, em outubro de 2023.
Amauri Viana, Cristiano Junior, Serginho e Wallace Carvalho foram convocados na última terça-feira (3) para defender o país no torneio que acontece entre os dias 17 a 26 de novembro. O assistente-técnico Sileno Santos ainda é outro nome que também estará na competição.
A expectativa da Seleção brasileira é conseguir subir no pódio em Santiago. Além da medalha, a equipe mira conquistar uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris, em 2024. “O campeão tem vaga direta e os outros dois disputam a repescagem mundial. Ainda falta um pouco de incentivo, mas estamos melhorando”, comenta Serginho, que conheceu a modalidade justamente no evento.
Quando criança, veio ao lado de sua mãe como visitante e descobriu ali uma grande paixão. “É muito importante esse evento, pois muitos não sabem o que é um esporte paralímpico. Ele pode mudar a vida de uma pessoa, como foi meu caso. Eu morava no Paraná, sem oportunidades, e encontrei essa chance aqui. O esporte me ajudou na independência, na autonomia, a ter um propósito de vida”, comenta.
Reatech mostra soluções em acessibilidade, reabilitação e comunicação
O primeiro dia da Reatech trouxe muitas novidades para quem visitou os estandes da Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação, principal evento na América Latina. Marcas expositoras de diferentes segmentos do mercado, estão apresentando tecnologias e equipamentos que irão facilitar o dia a dia das pessoas com deficiência. São equipamentos que ajudam, por exemplo, acender uma luz ou mesmo se comunicar por meio de um aplicativo, oferecendo mais qualidade de vida e autonomia.
Quem passou pelo estande da Colibri pode testar os inúmeros recursos do “Conversia”, um aparelho que converte qualquer gesto facial ou movimento na cabeça em comunicação com controles de dispositivos inteligentes. A pessoa que não tem os movimentos dos braços ou perdeu a fala, apenas mexendo a cabeça ou o rosto, consegue ter acessos a comandos como mudar um canal de TV ou apagar luzes da casa e principalmente se comunicar por meio de inteligência artificial. O aparelho forma palavras e frases, com o tom de voz da pessoa que utiliza o equipamento (sem voz mecanizada).
“Quando temos a voz do usuário gravada, o aparelho consegue reproduzir aquela voz, o que acaba sendo muito emocionante para quem utiliza e seus entes queridos. Mesmo não podendo mais falar, a pessoa consegue se comunicar formando frases apenas com movimentos como mexer a cabeça e piscar”, explica Adriano Assis, CEO da Colibri. Ainda segundo o executivo, essa tecnologia junta vários comandos em um aparelho só, não precisa de fios, é como se fosse um tablet mesmo, sozinho o aparelho aprende as funções do seu usuário, com o comando da pessoa, ajuda a fazer tarefas do dia a dia, pode acessar aplicativos e até jogar jogos, dando mais autonomia e comunicabilidade para seus usuários.
Acessibilidade
No estande da Kitlivre os cadeirantes encontram diversas opções em produtos. A empresa está na Reatech desde 2015. A novidade neste ano é a “Cadeira Original”, que se adapta às medidas de seus usuários, com ajustes anatômicos que permite uma pessoa com assento de largura tamanho 36 ou 48 centímetros, o que acaba prolongando a vida útil da cadeira.
Julio Oliveto Alves, CEO da Kitlivre explicou que a cadeira pode ser utilizada por uma pessoa desde a infância até a fase adulta. “É uma cadeira que prolonga muito a questão da troca, é um equipamento pensado a longo prazo, que pode servir a mesma pessoa por muitos anos, pois se adapta ao tamanho e peso”, comentou.
Leitura
Outra novidade interessante na Reatech 2023 é o aparelho Omni Reader da Tecassistiva, que permite pessoas cegas ou com algum grau de deficiência visual para ler um livro ou textos impressos, não só pelo tradicional método braille, mas também como ouvinte. O aparelho capta por meio de fotografia uma página de livro, e por áudio acaba passando as informações contidas no impresso. Quando conectado a outro aparelho da empresa, o Focus Blue, a pessoa consegue ao mesmo tempo ouvir e ler no método braille.
“O equipamento permite que pessoas cegas ou com deficiência visual consigam ter acesso a conteúdos impressos, um livro, uma revista, um informativo, de uma maneira simples. A pessoa pode ouvir o conteúdo ou utilizar fones de ouvido para ter mais privacidade. E para as pessoas com baixa visão, a tela e o texto podem ser ampliados”, explica Wagner Bispo, gerente comercial da Tecassistiva.
Serviço:
Reatech 2023 – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Data: 4 a 7 de outubro
Horário: das 13h às 20h nos dias 4, 5 e 6; das 10h às 19h no dia 7
Local: São Paulo Expo – Pavilhões 3 e 4
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo – SP
Transporte gratuito com início 1 hora antes até 1 hora depois do funcionamento da feira. Saída da Estação de Metrô Santos-Imigrantes – R. Engenheiro Guilherme Winter, s/nº.
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Sobre a Fiera Milano Brasil
A Fiera Milano Brasil é a filial brasileira da Fiera Milano, um dos maiores players de feiras e congressos do mundo que a cada ano atraem aproximadamente 30 mil expositores e mais de cinco milhões de visitantes. No Brasil, são realizadas sete feiras que representam os mais diversos segmentos da economia, como segurança, energias limpas e renováveis, tubos e conexões, cabos, saúde no trabalho, tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade, entre outras. Entre as principais marcas do portfólio estão Exposec, Fisp, Fire Show, Congresso Ecoenergy, Reatech, Tubotech e wire South America. Mais informações: www.fieramilanobrasil.com.br
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