De colete vermelho e um bóton em formato de coração, é fácil identificar os voluntários da 18ª Reatech – Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação. São cerca de 270 pessoas entre estudantes, profissionais de diversas áreas e aposentados que decidiram se colocar à disposição para ajudar no acolhimento do público do evento.
“Os voluntários passam por um treinamento básico de como acompanhar pessoas com deficiência visual e limitações motoras ou mobilidade reduzida. Quem chega no balcão dos voluntários pode receber informações sobre a feira e acompanhamento desde a van de chegada até a saída”, conta Suely Yanez, coordenadora de voluntários da Reatech.
Suely explica que a procura pelos novatos é feita de forma espontânea pelo site, mas que também conta com a participação de veteranos que todos os anos se voluntariam como forma de colaborar com o conforto e a segurança dos visitantes, além de se aprimorarem em suas práticas pessoais ou profissionais. “A Reatech contribui para a educação e a formação desses voluntários. Temos parcerias com universidades e os alunos podem usar seu voluntariado como horas complementares. Além disso, muitos deles relatam o quanto ser voluntário colabora na hora de uma entrevista de emprego.”
A veterana Ariana Neves, de 32 anos, é voluntária desde 2009, quando se voluntariou por intermédio de um professor. Desde então, Ariana, que é professora de educação física, tem aceitado o desafio todos os anos. “É apaixonante rever as amizades que foram iniciadas na feira e reencontrar as pessoas que guiamos anos atrás. As conexões que fazemos aqui é o que mais valorizo. É o que me faz retornar”, afirma a professora.
Já o aposentado Armando Tafner Neto, de 62 anos, está como voluntário na feira pela segunda vez, porém é um voluntário “profissional” e participa de muitos eventos de diversos segmentos. Entre os maiores aprendizados da Reatech, segundo o aposentado, está a troca que o permite se aprimorar e se tornar uma pessoa mais inclusiva. “Aqui estou praticando Libras, em outras já pratiquei outras línguas”, diz.