Professora de Braile Dinalva Tavares comemora evoluções: ‘Não deixemos de exercer a nossa cidadania porque quando nós vamos as urnas estamos mostrando que existimos’.
Nas eleições desse ano, pessoas com deficiência visual poderão votar de forma mais acessível. É que as urnas eletrônicas terão uma ferramenta que transforma o texto em som. Além dessa tecnologia, as sessões especiais oferecem mais acessibilidade e segurança. A professora de Braile Dinalva Tavares comemora as evoluções. ‘Não deixemos de exercer a nossa cidadania porque quando nós vamos as urnas estamos mostrando que existimos’.
A moradora da capital gosta de entrar na cabine de votação sozinha. Ela acredita que a Justiça Eleitoral tem evoluído em relação à acessibilidade e gostou de saber que poderá ouvir, através do fone de ouvido, o nome dos candidatos após digitar o número correspondente.
“Quando nós digitávamos os números, apesar do avanço da urna eletrônica, diferente da pessoa vidente, nós não podíamos ver o nome e ter a certeza de quem a gente estava escolhendo. E com esse recurso é uma confirmação da nossa escolha”, disse Dinalva.
Todas as urnas eletrônicas são preparadas para atender pessoas com deficiência visual. Além dos sistema Braile e da identificação da tecla número 5 nos teclados, os tribunais vão disponibilizar fones de ouvido nas sessões eleitorais especiais e naquelas onde houver solicitação específica para que o cego ou pessoa com deficiência visual receba os sinais sonoros com indicação do número escolhido.
O prazo para o eleitor pedir transferência do local de votação para uma sessão especial já acabou. “Quem não fez esse pedido e seja pessoa com deficiência poderá usufruir do seu direito de preferência de votação na sua sessão original. Deverá se identificar como pessoa com deficiência, apresentando seu título eleitoral e em seguida, os mesários irão conceder esse direito de que vote preferencialmente”, explicou o membro da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB, Arlindo Nobre.
Mas se o eleitor com deficiência não tiver feito nenhum requerimento com antecedência, ele deve informar aos mesários das suas limitações e a Justiça Eleitoral vai buscar uma solução adequada para aquele momento.
Membro da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE, Clairton Thomazi explica que foi feita uma vistoria nos locais de votação. “Identificando as sessões que são mais acessíveis, que têm mais condições de receber tanto deficientes físicos, como deficiente visual. A gente identificou esses locais, os chefes de cartório vão posicionar as sessões eleitorais de forma a contemplar o máximo essa acessibilidade”.
Dinalva reforça que as pessoas com deficiência não deixem de votar. Participar do processo eleitoral faz parte da luta por mais políticas públicas. “Não deixemos de exercer a nossa cidadania porque quando nós vamos as urnas escolher os nossos representantes, nós estamos mostrando que existimos e que necessitamos de exercícios para a melhoria da nossa vida na sociedade”.
Quem tiver dúvidas, pode acionar a ouvidoria do TRE. “Por meio do 0800 6486 800 ou pelo 63 3229-9600. A Justiça Eleitoral conta com a sua presença no dia 15 de novembro”, explicou Clairton.
fonte:
G1