Mais de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número equivale à quase 25% da população do país, o que, no entanto, não impede que essas pessoas sejam alvo de discriminação. Esse preconceito é definido como capacitismo, termo recente na língua brasileira que se refere à ações e expressões que os inferiorizam.
De acordo com o assistente social especialista em educação inclusiva José Roberto Fonseca, as expressões capacitistas colocam a pessoa com deficiência na posição de incapaz de ter ou conquistar feitos por conta de suas condições. “Conseguir sucesso com deficiência é tido como superação, mas é algo normal. Ter deficiência não minimiza ninguém”, salienta.
“As pessoas só entendem que ter deficiência não incapacita ninguém quando convivem com um deficiente e o tratam sem restrições. A inclusão passa a ser natural nos espaços deixa de ser uma obrigação”, afirma José, que é cadeirante.
A youtuber Mariana Torquato discute o assunto desde 2016 em seu canal na plataforma de vídeos, o Vai Uma Mãozinha Aí?. Recentemente, ela viralizou no Instagram com um Reels em que mostra as expressões preconceituosas presentes no vocabulário brasileiro.
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